A geração Z, formada por jovens nascidos entre 1995 e 2010, está moldando novas tendências em várias áreas, especialmente no universo digital.
Um desses comportamentos mais marcantes é o chamado “feed zero”, prática em que usuários mantêm seus perfis nas redes sociais, como Instagram, sem nenhuma postagem fixa no feed.
Essa mudança reflete um desejo crescente por autenticidade e privacidade, contrastando com o comportamento mais expansivo das gerações anteriores.
Onde surgiu essa tendência?
O conceito de feed zero se alinha ao consumo de conteúdos efêmeros, como os Stories, que desaparecem após 24 horas.
Esse comportamento privilegia a espontaneidade, distanciando-se da estética idealizada e altamente editada que dominou as redes sociais na era dos Millennials (nascidos entre 1982 e 1994).
Essa preferência da geração Z também dialoga com a aversão à superexposição e ao cansaço de criar publicações elaboradas. Afinal, para essa geração, a liberdade online se traduz em discrição e naturalidade.
Por que o feed zero se tornou tão popular?
Bom, como não podemos explicar essa “moda” trazida pela geração Z de forma resumida, listamos os dois principais pontos que baseiam o tal feed zero. Confira abaixo!

1. Busca por autenticidade
O padrão das redes sociais sempre foi mostrar o “melhor lado” das pessoas. Contudo, a geração Z desafia essa norma ao priorizar interações mais reais.
Postagens efêmeras, muitas vezes sem edição, fazem com que os jovens se sintam mais conectados ao momento presente.
Esse movimento também representa uma quebra com a lógica competitiva das redes sociais, onde “likes” e comentários definem o sucesso de uma postagem. Sem um feed cheio de registros, a pressão por validação diminui.
2. Menos exposição, mais controle
Diferente dos Millennials, que enchiam redes como Flogão (esse é das antigas, ein?), Orkut e Facebook de álbuns extensos, a geração Z prefere controlar sua presença digital.
Na visão dessa galera mais jovem, fotos permanentes são vistas como rastros desnecessários em uma internet cada vez mais invasiva.
Além disso, jovens da atualidade relatam desconforto com a ideia de serem analisados por cada detalhe publicado.
Ao adotar o feed zero, a geração Z não apenas controla o que compartilha, mas também reforça sua privacidade.
O feed zero tem influenciado as redes sociais?
A tendência do feed zero está forçando redes sociais a repensarem suas estratégias. Afinal, se conteúdos fixos estão perdendo força, o engajamento pode cair.
Nesse contexto, recursos como Stories e reels se tornam protagonistas, pois oferecem o dinamismo e a efemeridade que a geração Z busca.
Outro impacto notável é o aumento das discussões sobre privacidade digital. Com medidas como a autorização parental obrigatória para menores de 16 anos sendo implementadas em algumas plataformas, as barreiras para interações espontâneas podem crescer.
O que esperar do futuro das redes sociais?
O comportamento da geração Z em relação ao feed zero indica que as redes sociais precisarão se equilibrar entre atender às demandas por autenticidade e sustentar seu modelo de negócios atual.
Inclusive, vale pontuar que a geração Alpha, que teve início em 2010 sucedendo a geração Z, parece compartilhar desse anseio por uma vida digital mais discreta.
Essas gerações mais recentes valorizam mais o momento do que a permanência, e isso pode redefinir o papel das plataformas no longo prazo.
A tendência do feed zero é mais que uma moda: é um reflexo do novo relacionamento da juventude com a internet. Para a geração Z, e por que não dizer a Alpha também, menos é mais – e a presença discreta é o novo conceito de liberdade.
* Com informações da CNN Brasil