Os vírus cibernéticos estão entre as maiores ameaças digitais do nosso tempo, capazes de comprometer sistemas inteiros, roubar informações sensíveis e causar enormes prejuízos.
Você provavelmente já ouviu falar do ransomware WannaCry, que, em 2017, paralisou operações de hospitais e empresas ao redor do mundo, pedindo resgates milionários para liberar dados sequestrados.
Embora casos globais como esse chamem atenção, esses vírus também podem afetar diretamente nossas rotinas, seja ao travar computadores, espionar dados pessoais ou mesmo abrir portas para outros ataques.
Por isso, saber reconhecer essas ameaças e entender como se proteger é essencial para navegar com segurança na era digital.
Neste artigo, vamos explicar os principais tipos de vírus de computador e compartilhar dicas práticas para prevenir problemas e manter seus dispositivos seguros. Você não vai querer perder esse conteúdo!
1. Vírus tradicional
O vírus cibernético chamado de “tradicional” é o mais antigo dos malwares e se dissemina por meio de arquivos infectados que precisam ser executados para ativá-lo.
Esse tipo de vírus pode corromper arquivos importantes e até mesmo causar falhas graves em um sistema operacional. Ele afeta principalmente computadores, mas dispositivos móveis também podem ser vulneráveis.
Para se proteger desse tipo de vírus, é essencial adotar práticas como:
- Evitar baixar arquivos de fontes desconhecidas, como sites que veiculam material pirateado, e sempre verificar a procedência antes de abrir um documento ou programa;
- Manter seu antivírus atualizado é vital. Bons softwares antivírus detectam e eliminam a maioria dos vírus “tradicionais”.
2. Worms
Diferente dos vírus tradicionais, os worms se propagam automaticamente pela rede, explorando falhas de segurança em dispositivos “premiados”. Daí vem o seu nome, que significa “minhoca”.
As “minhocas” podem causar, por exemplo, lentidão na internet e abrir brechas para invasões de vírus mais perigosos. Esses malwares afetam desde computadores até dispositivos IoT (como câmeras de segurança).
Para evitar problemas com esses rastejadores:
- Configure um firewall eficiente no seu PC, pois ele ajuda a monitorar e bloquear atividades suspeitas;
- Atualize sempre seus sistemas, pois os worms exploram vulnerabilidades e falhas corrigíveis por meio de atualizações.
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3. Trojan (Cavalo de Troia)
Os famosos trojans, também chamados de “Cavalos de Troia”, são mestres do disfarce, apresentando-se como softwares legítimos para enganar usuários. Esse malware também tem seu nome inspirado no seu modus operandi.
Uma vez instalados, eles permitem que hackers acessem dados ou instalem outros malwares em computadores e smartphones.
Para não ter seu PC ou celular invadido por um desses, siga estas orientações:
- Evite downloads de apps ou programas de computador fora de lojas confiáveis. Sempre opte por fontes oficiais;
- Leia as permissões ao instalar qualquer software em seus dispositivos, pois isso ajuda a identificar comportamentos suspeitos.
4. Ransomware
Esse tipo de vírus, exemplificado pelo infame WannaCry, citado anteriormente, pode bloquear seus arquivos ou sistemas, exigindo pagamento para devolvê-los.
Como já deu para perceber, o ransomware é extremamente destrutivo, especialmente para empresas que não têm backups adequados.
As melhores formas de prevenção contra esse “bicho” incluem:
- Nunca clicar em anexos ou links de e-mails desconhecidos. Essa é uma das principais portas de entrada para ransomwares;
- Sempre que possível, fazer backups em arquivos importantes. Assim, mesmo que os dados sejam eventualmente sequestrados, haverão cópias seguras deles.
5. Spyware
Como o nome já diz, o spyware trabalha em silêncio, “espiando” suas atividades e coletando informações sensíveis, como senhas e dados bancários.
Muito cuidado com o que baixa ou acessa, viu? Ele pode vir embutido em aplicativos ou sites maliciosos.
Dicas de proteção:
- Use extensões confiáveis no navegador do seu PC. Bloqueadores de rastreamento são grandes aliados contra spywares;
- Evite se conectar a redes públicas de Wi-Fi e, caso precise se conectar, evite compartilhar dados sensíveis enquanto estiver conectado;
- Nunca baixe aplicativos fora das lojas oficiais. Em paralelo, evite acessar sites duvidosos.

6. Adware
Apesar de parecer inofensivo, o adware pode ser um incômodo constante, exibindo anúncios invasivos e redirecionando você para sites perigosos.
Para lidar com o problema:
- Bloqueie anúncios com ferramentas específicas, como extensões disponíveis e navegadores que contam com essa função;
- Desconfie de downloads gratuitos (como de filmes e jogos, por exemplo) que prometem muito. Eles podem vir carregados de adware.
7. Keylogger
Um keylogger registra tudo o que você digita, capturando senhas e informações confidenciais. Como já deu para perceber, ele é especialmente perigoso para transações financeiras digitais.
Proteja-se assim:
- Ative a autenticação em duas etapas. Fazendo isso, mesmo que uma senha seja roubada, isso adiciona uma camada extra de segurança;
- Use teclados virtuais para dar entrada em dados sensíveis no computador. Isso pode evitar que a informação seja capturada.
8. Fileless Malware
O fileless malware não deixa rastros no disco rígido, diferentemente de outros vírus, operando diretamente na memória dos computadores. Isso o torna mais difícil de detectar e muito perigoso.
De qualquer forma, é possível se proteger desses vírus assim:
- Limitando o acesso administrativo ao sistema. Isso reduz os privilégios que o malware pode explorar;
- Adotando soluções avançadas de segurança, principalmente ao instalar softwares específicos capazes de detectar esse tipo de ameaça.
Outros tipos de vírus cibernéticos que você precisa conhecer
Pensou que a nossa lista acabou? Ainda não. Esses outros malwares também estão por aí à espreita:
- Rootkit: difícil de ser detectado, abre as portas de sistemas inteiros para hackers;
- Botnet: transforma dispositivos em “zumbis” para realizar ataques em massa a outros dispositivos;
- Scareware: engana usuários com falsas mensagens de alerta, pedindo pagamentos para corrigir problemas inexistentes;
- Cryptojacking: pode utilizar a sua máquina para minerar criptomoedas, sobrecarregando o dispositivo, sem que você sequer imagine;
- APT (Advanced Persistent Threats): ameaças sofisticadas que visam espionagem ou ataques prolongados.
Você já tinha ouvido falar desses vírus? Se ainda não, anote esses nomes e referências para lembrar depois.
Mais algumas dicas de proteção

Proteger-se contra vírus cibernéticos vai muito além de instalar um antivírus no computador ou smartphone, como você pôde ver ao longo do texto.
Na verdade, pequenos ajustes nos nossos hábitos digitais fazem uma grande diferença no que diz respeito à segurança online. Inclusive, neste artigo nós falamos sobre esse assunto.
Por exemplo, ao criar senhas, você já considerou usar uma frase longa e aleatória em vez de um número com sequência lógica? Isso dificulta ainda mais a ação de hackers.
Outra boa prática é usar uma VPN (ferramenta que basicamente protege o IP do seu dispositivo) para acessar redes Wi-Fi que você não conhece, como as públicas. Elas são portas abertas para invasores, especialmente em lugares movimentados.
Ah, e lembre-se de revisar suas permissões de aplicativos regularmente. Você ficaria surpreso ao ver quantos apps têm acesso a informações que não precisam.
Por fim, nunca subestime o poder da educação digital. Saber reconhecer um e-mail falso ou identificar links suspeitos, dentre outras habilidades, pode poupar muitos problemas.
Como diria um grande sábio contemporâneo: “Esteja sempre atento e mantenha seus dispositivos atualizados, pois a tecnologia evolui, mas as ameaças também!”